sexta-feira, 9 de abril de 2010

Prazo de Inscrição Alargado

O prazo de inscrição para o 1º encontro de alunos, professores e funcionários do Colégio de Proença-a-Nova foi alargado até ao dia 19 de Abril.

Para qualquer esclarecimento envie email para memorias.colegio@gmail.com.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pousada das Amoras com promoção especial

1.º Encontro de alunos, professores e funcionários do antigo Colégio

A Pousada das Amoras tem uma promoção muito especial para aqueles que vierem participar no 1.º Encontro dos alunos, professores e funcionários do antigo Colégio e optarem por ficar hospedados nas suas instalações.
Para mais informações contacte:
Tlf: 274 670 210
Fax: 274 670 219

email: recepcao.amoras@pousadas.pt
Site: http://www.pousadas.pt/historicalhotels/PT/pousadas/Portugal/Beiras/Amoras/home/

Jornal A Palmatória - Uma Escola de futuro... O futuro somos nós!

Uma Escola de futuro... O futuro somos nós!

“Muitos nascem, muitos morrem, muitos vivem! Os que nascem seguir-se-ão aos que vivem e os que vivem também morrerão. Eu, nós, somos os que “vivem” e ao viver, ao ser jovens, ao ter ambições, ao ter sonhos, ilusões somos um futuro! Também os que morrem já foram futuro e os que nascem futuro serão...

Mas agora falando nos que “vivem”, em nós, em mim. Sempre foi assim, em cada geração, em cada década, em cada século, em cada milénio: sempre existiu um futuro. Nós não fugimos à regra, mas queremos ser melhores, sempre melhores que os outros “futuros”.

A sociedade actual é cheia de dificuldades, contratempos, catástrofes e sentimentos deploráveis: egoísmo, rivalidades, maldade, inimizades, desconfiança... Todos estes sentimentos fazem-nos temer, pensar em desistir, em renunciar, mas queremos ser melhores, melhores que os outros “futuros” e conseguir assim superar tudo. Essa vontade de vencer, singrar e melhorar o mundo faz de nós verdadeiros heróis e, se me esforço por isso, é porque existe em mim o sonho... o sonho de que este futuro, o nosso, o meu, seja o melhor, o melhor de todos, sem igual comparação!...

Escrevo assim, penso assim, sinto assim. Quantos noutras gerações, noutras décadas, séculos, milénios assim pensaram? Todos, por certo! Porque o futuro é, já foi e será, pelo menos, uma vez de todos!...

Gabriel Gil Dias

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“Estamos inseridos numa sociedade que vive o presente, pensando no passado, mas que visa um futuro, tentando que esse futuro seja o mais agradável possível.

Também Álvaro de Campos já exaltava um presente que visava um futuro. Álvaro de Campos é, sobretudo, o futurista da exaltação da energia, até ao paroxismo, da velocidade e da força da civilização mecânica do futuro, patente na “Ode Triunfal” e o sensacionista que pretende “sentir tudo de todas as maneiras”.

Somos nós que construímos o futuro e, como tal, o futuro depende de nós e somos nós esse futuro“.

Vera Martins

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“O futuro é um enigma. Ninguém conhece o futuro. Mas todos temos uma certeza: o futuro passa por nós, ou melhor, somos nós. Aquilo que fizermos hoje, ou tivermos feito no passado, terá consequências no futuro. É com base neste princípio que, creio eu, se deve ver o futuro. O futuro nunca vem, mas está sempre em constante criação. O futuro cria-se no presente. Por isso, podemos prever o futuro.

Agora, posso dizer o que prevejo, mas ainda quero fazer uma distinção: aquilo que eu prevejo e aquilo que eu gostaria de prever. Parece igual? Não é igual!

Hoje eu vejo uma sociedade materialista que tende a ser cada vez mais materialista no futuro. A ciência tem cada vez mais obstáculos ao seu desenvolvimento porque o perigo de cometer atentados éticos é maior. Tal facto deve-se ao materialismo ter invadido todos os sectores da sociedade. Agora eu pergunto: no seio de uma sociedade materialista, é possível gerar-se fruto não materialista? Não! Materialismo gera materialismo.

Mas ainda há esperanças. A sociedade ainda não é completamente materialista. Existem grupos sociais que procuram inverter a tendência e cabe a todos estes grupos trazer a moral à sociedade e criar, assim, um futuro onde a moral será a base, o princípio. Cabe a nós cumprir esse destino, destino que conduzirá a um futuro melhor. “É a Hora”!

Nuno Ricardo Farinha

Jornal A Palmatória - "É o primeiro dia do resto da minha vida"

"É o primeiro dia do resto da minha vida"

Fazia sol e eu tinha uma camisa vermelha, cor que hoje praticamente não uso. É tudo o que recordo do meu primeiro dia de aulas no ciclo preparatório. Na altura devo ter achado que vivia uma mudança inacreditável, um passo de gigante que ia da escola primária, em que já dominava todos os cantos, a uma escola que não conhecia e em que me sentia rodeada de gente grande. Não vou dizer que parece que foi ontem, porque na verdade foi um dia de que já não me lembro muito. Sei que a preparação de mais um ano foi uma aventura. Comprar muitos cadernos, novos em folha. Ter um horário, mudanças de sala...

E vem-me à memória uma frase batida, a de Sérgio Godinho: "É o primeiro dia do resto da minha vida". Depois desse houve outros, porque a vida é mesmo assim. Feita de etapas. Frequentar a Escola C+S de Proença-a-Nova, hoje rebaptizada, foi de certeza uma das fundamentais. E porque em ocasiões de aniversário se desculpam lamechices, eu explico porquê. Ao contrário do que os mais desconfiados e cosmopolitas possam dizer, foi onde encontrei alguns dos professores mais interessados com que já me cruzei na vida. Onde tive das aulas mais participadas. Em que houve tempo para debater temas que pareciam nada ter a ver com a matéria.

E, já agora, porque foi ali que cresci. Que fiz alguns dos amigos que sei que vou manter para a vida, mesmo que passemos meses sem nos ver ou falar. Que participei nos bailes de finalistas. Nas récitas de finalistas. Que despertei para alguns dos problemas do mundo, o de Timor à cabeça. Que tive os primeiros namoricos. Que comecei a imaginar o que poderia ser quando fosse grande. Que vi o ‘Clube dos Poetas Mortos’ pela primeira vez e discuti com o professor de História o que é o bom professor. Que participei em concursos de Português e escrevi as primeiras histórias, algumas entretanto deitadas no lixo. Ou seja, que me fiz e me fizeram parte do que hoje sou, com outro tanto que entretanto lhe somei.

Sendo certo que a escola é o resultado de todos os que por lá passaram, alunos e professores, 25 anos não cabem em lado nenhum. São milhares e milhares de pessoas, sonhos, frustrações, amizades, lições, exames, nervos, discussões, críticas, rebeldes que se tornaram doutores. E o futuro? Esse é maior ainda. Porque as lições nunca acabam, os sonhos continuam, os desafios surgem uns atrás de outros. Atrás dos tempos vêm tempos. A escola será o que a tão falada globalização, as novas tecnologias, os novos programas, as novas metas europeias fizerem dela. Mas será, acima de tudo, o que nós quisermos fazer. Professores, alunos, funcionários e, porque não?, aqueles que já a deixámos, mas a quem ela nunca deixará.

Maria Inês Cardoso

Jornal A Palmatória - "Sou de Proença e estudei na melhor escola do país!"

"Sou de Proença e estudei na melhor escola do país!"

Proença-a-Nova é, sem dúvida, um dos concelhos que mais “exporta” alunos para todas as Instituições de Ensino Superior em Portugal.

De facto, a capacidade e a eficácia pedagógica que a Escola Pedro da Fonseca tem tido a formar e a preparar de forma notável os seus alunos para ingressar no Ensino Superior são factores decisivos para que, cerca de meio milhar de proencenses que frequentaram e frequentam este último pantamar académico, sejam sempre os mais bem preparados, e se destaquem nestas escolas.

Mas, a nossa escola não é só de saberes, é também um prolongamento da família, o que faz com que este convívio seja decisivo na formação pessoal saudável de cada um.

Na minha experiência pessoal, a Escola C+S (como era designada na altura) foi decisiva para aquilo que sou e faço hoje. Este meu percurso ficou, por um lado, marcado pelo grupo de bons amigos que era a minha turma, e, por outro, pela dinâmica implementada pela escola e pelos alunos naquilo que eram as actividades curriculares, desportivas e culturais.

Estou a estudar na Universidade da Beira Interior e sou neste momento presidente da sua Associação Acadêmica, sendo eleito no último Encontro Nacional de Direcções Associativas representante dos estudantes de ensino superior no Conselho Consultivo da Juventude. Para este meu percurso pesou, sem dúvida, o facto de ser aluno desta escola de saberes e de vida, bem como toda a dinâmica da altura, em que era exigida uma actividade constante à Associação de Estudantes a que tive o prazer de presidir durante 3 anos.

Esta escola é uma grande familia de pessoas com responsabilidades diferentes. De facto, uns estudam, outros ensinam, outros zelam pelo seu funcionamento, outros pelo estômago desta família, ou seja, um elevado número de afazeres para um só objectivo: Uma boa escola de vida e saberes.

É com orgulho especial que costumo dizer que sou de Proença-a-Nova e que estudei na melhor escola do país.

É todo este espírito que torna esta escola única e demasiado importante, perante aqueles que são os desafios de uma sociedade desorganizada e ausente de valores essenciais.

Parabéns pelos seus 25 anos...... Ah! Muito obrigado por tudo!

Jorge Jacinto

Jornal A Palmatória - Por uma escola de Saberes e de Valores

Por uma escola de Saberes e de Valores

“Não será fácil construir esta escola nos dias de hoje, sobretudo se tivermos em conta a sociedade em que vivemos, que cada vez parece apresentar-se com menos valores.

Se já Fernão Lopes nos diz, no seu Prólogo à “Crónica de D. João I” – I Parte, que homens de boa vontade se desviavam da direita estrada e corriam por “semideiros escusos”, podemos concluir que a ausência de valores na nossa sociedade é já fruto da sociedade de outrora. Porém, há que ser diferente e tomar como exemplo este mestre do saber que teve sempre como meta "a verdade sem outra mestura".

Digo tais palavras porque acredito que, só se a sociedade for possuidora de saberes e de valores se poderá construir, no seio desta, uma escola sua semelhante. Não chega a escola ser bela por fora, terá também que ser límpida por dentro; não chega ser local de aprendizagem de saberes e de valores, terá também que ser local de prática dos mesmos. E porquê? Porque serão os alunos de hoje que irão formar a sociedade de amanhã, porque são os valores que hoje aqui aprendemos que amanhã iremos ensinar aos nossos filhos e, talvez, nessa altura, já se possa construir esta escola...

Antes de findar, .... Parabéns EB 2,3/S Pedro da Fonseca!“

Mónica Paula Cardoso

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“Há alguns dias atrás, enquanto lia o nosso jornal escolar “A Palmatória”, chamou-me à atenção a notícia “Na hora do Baptismo dos Caloiros” e uma expressão bem interessante, fazendo, agora minhas as palavras do prof. Daniel Catarino: ”(...) Saibam honrar Proença-a-Nova, saibam dignificar as vossas escolas, saibam ser o orgulho dos vossos mestres e pais, saibam merecer o vosso patrono, o Dr. Pedro da Fonseca, homem de saberes e de valores (... )“.

Tal como era Pedro da Fonseca há uns séculos atrás, também agora nós temos de lhe “seguir as pegadas”.

A Escola é, como todos nós sabemos, um local de aprendizagem, onde o aluno adquire as bases para um dia mais tarde prosseguir na sua carrreira. Também é ponto certo que, para além de todo o lado didáctico, ainda sobra espaço para o aspecto lúdico, factor assaz relevante, não esquecendo tudo quanto concerne à aprendizagem e à formação científica. Como nos sugere o título ”Por uma escola de saberes e de valores”, este é um aspecto pelo qual a nossa escola tem batalhado, batalha e batalhará, por muitos e muitos anos, no sentido de dar aos seus alunos, não só o saber essencial, teórico (“Escola de Saberes”), mas também os valores que estão intimamente ligados com a formação pessoal do aluno e a sua relação dentro da sociedade e para com a sociedade (“Escola de Valores”).

O problema, para mim, reside no facto da “aceitação” desses valores! Cabe, mais uma vez, aos professores desempenhar esse papel, mas também, é certo, que deve haver empenho por parte dos alunos e serem eles próprios os precursores deste ideal, tendo orgulho ao dizerem que foi em Proença que aprenderam a ser PESSOAS para uma sociedade mais equilibrada e unida!“

Inês Simões Farinha

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“Actualmente, a escola é considerada como a segunda casa dos jovens. É nela que passam a maior parte do tempo durante a sua juventude. Sendo assim, a escola tem que ter um papel fundamental na educação dos futuros “governantes” do mundo. Essa educação não deve só abranger os conteúdos dos programas impostos para cada disciplina, mas também certos valores necessários para a vivência em comunidade.

Particularmente, a nossa escola tem sido um exemplo disso. Após vinte e cinco anos da sua abertura ao público, por ela já passaram largas e largas dezenas de jovens que hoje já são “doutores”, professores, enfermeiros, engenheiros. Foi na C+S de Proença que aprenderam a falar diversas línguas, a interpretar fórmulas e também a construir laços de amizade, que talvez nunca vão ter um fim. São valores como a amizade, a ajuda mútua, que vamos interiorizando, muitas vezes, sem darmos conta. Uma escola sem violência, onde todos se conhecem e partilham as suas vivências, sem se esquecerem da parte relacionada com os estudos, pois todos, ou melhor, quase todos têm a mesma ambição: a de serem alguém no futuro.

Tudo isto se encontra na nossa escola e é preciso agradecer a todos os que contribuem e contribuíram para a nossa educação. PARABÉNS ESCOLA!“

Ana Rita C. Bandeiras

Jornal A Palmatória - Longe... Mas sempre perto

Longe... Mas sempre perto

Diz o povo: ”Não há amor como o primeiro.”

Não podia deixar de responder afirmativamente ao convite que me foi feito para dar o meu testemunho, quando a Escola C+S de Proença-a-Nova celebra os seus vinte e cinco anos de actividade.

Longe vai o dia 26 de Novembro de 1976,quando me apresentei na então Escola secundária de Proença-a-Nova para leccionar Introdução à Política,com um “canudo” recém-conseguido, com a alma cheia de entusiasmo, com vinte e cinco anos de vida e já muito caminho percorrido em diferentes circunstâncias, lugares e actividades.

Iniciei a minha actividade docente no antigo Externato Diocesano de Proença-a-Nova, onde fui aluno durante três anos, onde aprendi tanta coisa importante e vivi momentos que ainda hoje me dão alegria quando os recordo. Guardo boas recordações de todas as escolas que frequentei. Os tempos de estudante foram muito felizes, apesar das dificuldades económicas que então suportávamos.

Quando iniciei a minha actividade lectiva, estávamos no tempo em que, no mês de Maio, ainda se colocavam professores. A desorganização era geral. Tínhamos saído do chamado P.R.E.C..

Encontrei um grupo de professores todos jovens e inexperientes como eu, mas todos com vontade de fazer uma escola, onde aprender fosse o lema. Passam pela minha memória o rosto e o nome de cada um deles, as alegrias e as esperanças que vivemos juntos.

O edifício era manifestamente insuficiente para o número de alunos que frequentavam as escolas de então. Funcionávamos em três turnos e assim dávamos a resposta possível aos alunos que vinham da Isna de Oleiros, Cardigos e de todo o concelho de Proença. Começaram nesse tempo as “démarches” para a construção das belíssimas instalações actuais e no local que ocupam hoje. Quando contemplo o actual edifício, sinto alegria ao ver realizado o sonho que então tínhamos.

Assumi responsabilidades directivas, como Vice-Presidente e Presidente do conselho Directivo durante três anos. Quando foi criado o 12º ano, Proença-a-Nova também o teve. Beneficiaram dele alguns professores e empregados actuais da escola. Alguns dos professores sabem o que tivemos de fazer para o conseguir, evitando ficar em posição subalterna a outras escolas da região.

Há vinte anos que abandonei a Escola secundária de Proença-a-Nova que permaneceu sempre no meu coração como o primeiro amor. Hoje trabalho na Guiné-Bissau como missionário. Estou longe... mas sempre perto. Combato o combate de sempre: a promoção do Homem, procurando que seja cada vez mais Homem, portanto mais perto de deus.

Parabéns à Escola e que seja “uma escola viva,de qualidade,de futuro”. Um abraço de amizade.

P. Joaquim Pereira

in A Palmatória

Jornal A Palmatória - Subsídios para uma resenha histórica

Subsídios para uma resenha histórica

A IGREJA E O COLÉGIO DIOCESANO

De ano para ano, não pára de crescer o número de jovens proencenses que ingressam no ensino superior.

Proença-a-Nova sempre teve um potencial humano excelente, facto que é atestado pela história que nos dá a conhecer o nome de muitos homens letrados, particularmente missionários, e que consigo levaram o nome da nossa terra às quatro partidas do mundo. Com razão, Proença era apelidada a “Roma da Beira”.

Entre esses proencenses ilustres, agiganta-se o nosso conterrâneo Dr. Pedro da Fonseca, padre jesuíta, mestre, humanista, homem de saber e de cultura, homem da solidariedade e do social, homem da ciência filosófica - o “Aristóteles Português”. No presente ano lectivo, com data de 12 de Dezembro de 2000, o Ministério da Educação promulgou o esperado despacho em que atribuiu o nome de Pedro da Fonseca à Escola E.B. 2,3/S de Proença-a-Nova, conforme solicitado pela comunidade escolar.

Se, no passado mais distante, a Igreja foi o grande alfobre de vocações no campo da missionação e do acesso à cultura e ao saber, ministrados nos seminários, num passado mais recente - anos sessenta - foi ainda a Igreja local, paróquia e Diocese de Portalegre e Castelo Branco, o motor do desenvolvimento cultural e económico de Proença. Na verdade, o Colégio Diocesano de Proença-a-Nova teve um impacto fundamental na tessitura humana concelhia, quando em 1961 abriu portas nesta região isolada do interior. E em 1974, para um universo de 800 alunos matriculados, o Colégio tinha 64 estudantes a frequentar o ensino superior.

UM NOVO CICLO ESCOLAR COM A C+S

A oficialização do ensino, ocorrida em Dezembro de 1975 (pelas portarias nº 724/75 de 5 de Dezembro e nº 497/75 de 31 de Dezembro) veio abrir um novo ciclo na valorização cultural do nosso concelho. Combatida inicialmente por alguns, aceite só mais tarde por outros - processo não isento de erros graves na sua génese, como é do domínio público e da história recente - o que é certo é que a oficialização do ensino veio, paulatinamente, a trilhar caminhos que passaram, não pela ruptura pura e simples com o passado, antes pelo assumir duma herança local em termos de qualidade de ensino e de aposta no potencial ético e humano dos jovens da nossa terra.

Foi um novo ciclo, por vezes assaz doloroso, iniciado há 25 anos com a criação oficial da Escola Preparatória e da Escola Secundária de Proença-a-Nova, e a que sucessivos professores na gestão e na docência, bem como múltiplos funcionários têm vindo a dar o seu melhor com determinação, empenho, profissionalismo e elevado sentido de responsabilidade.

Hoje, a Escola C+S tem uma relação pacífica com a comunidade local e gera à sua volta empatias assinaláveis. Além disso, tem contribuído fortemente para a criação de um espírito académico na juventude, assumindo-se como um pólo essencial no desenvolvimento económico e cultural do concelho e como um espaço privilegiado para a aprendizagem de saberes e de valores.

UM TRABALHO DE MUITOS

Espaço privilegiado para a aprendizagem de saberes e de valores... num trabalho colectivo, árduo, não isento de erros e de alguns fracassos, mas sempre com o objectivo de melhorar e de vencer. Que o digam tantos professores, funcionários, alunos e pais que ao longo destes 25 anos construíram a escola. Nestes 25 anos, 1192 professores e funcionários trabalharam neste estabelecimento de ensino, o que fez da escola um veículo fundamental na divulgação do nome de Proença, por todo o país.

Que o digam as Chefes dos Serviços de Administração Escolar, Dª Soledade de Almeida, Dª Isabel Pequito, Dª Maria do Rosário Lourenço, ou a Tesoureira, Dª Elvira Farinha e restantes funcionários administrativos; que o digam o Sr. António Tomé, tantos anos responsável pelo pessoal auxiliar, os “auxiliares de acção educativa”, os técnicos do SASE, as funcionárias da cantina, o pessoal da vigilância.

O SERVIÇO NOS CONSELHOS DIRECTIVOS

Este espírito de serviço à comunidade, sem quaisquer outros fins ou intuitos, está bem patente no exercício abnegado de funções de direcção de tantos professores. Que o digam os que deram o seu melhor na gestão, através dos sucessivos conselhos directivos, e cito só os que presidiram a esses órgãos de gestão: na Escola Preparatória, até Abril de 1977, eu próprio, Daniel Catarino Bernardo Fernandes, tendo as aulas começado a 9 de Fevereiro de 1976; depois, o saudoso P. Manuel Farinha Costa, durante meio ano; entre Outubro de 1977 e Janeiro de 1978 a Profª Maria Virgínia Truta, seguindo-se o Engº João Manuel Flores até 1981; entre 1981 e 1984, o Dr. António Simão Cristo e Silva e em 1984/85, o Prof. Eduardo Cláudio Henriques da Silva.

Na Escola Secundária, em 1975/76, o Engº António Valdemar Martins de Oliveira, tendo as aulas começado a 16 de Fevereiro; em 1976/77, o Prof. Adelino Serafim; em 77/78, o Dr. António Manuel Paulo; em 1978/79, o Prof. Adelino Cristóvão Serafim, que já integrara a comissão inicial de 75/76; em 1979/80, o Dr. Joaquim Cardoso Pereira, posteriormente abraçando o ministério sacerdotal, sendo hoje missionário da Congregação do Preciosíssimo Sangue, na Guiné; em 1980/81, a Drª Isabel Maria Tavares Dias, ano, em que pela primeira vez, funcionou o 12º Ano, 4º curso; entre 1981 e 1983, o Dr. Artur Alberto Martins; entre 1983 e 1985, o Dr. António Gil Martins Dias.

Em1985, dá-se a fusão da Escola Preparatória com a Escola Secundária, passando a escola a chamar-se Escola C+S de Proença-a-Nova, com uma única gestão e, pela primeira vez, com cantina escolar, a funcionar em pavilhão pré-fabricado, a partir de 14 de Novembro de 1985. De novo, o Prof. António Gil Dias retoma funções, renovando e ampliando a dinâmica que já vinha imprimindo desde 1983, mais activa e participativa, sendo presidente entre 1985 e 1987. Em 1986/87, pela primeira vez, funcionou o 12º Ano, 1º curso. Entre 1987 e 1992, é a minha vez de dar o meu melhor como presidente ao serviço da C+S, tendo em 12 de Outubro de 1998 a Drec assinado um acordo de colaboração com a Câmara para a criação de uma escola tipo T24, instalações que entraram ao serviço em 16 de Setembro de 1992; de Setembro de 1992 a Fevereiro de 1994, é presidente a Drª Filomena Maria Fernandes Lourenço, actual vice-presidente da Câmara Municipal e, entre Fevereiro de 94 e Agosto de 1995, o Dr. António Manuel Martins da Silva.

O Dr. João Crisóstomo Cavalheiro Manso, que já vinha exercendo funções de gestão desde o Conselho Directivo de 92/93, assume a direcção da escola em 95/96. Tais funções tem vindo a exercê-las ininterruptamente desde aquela data, com grande dedicação e competência, sendo coadjuvado, desde início, pela dinâmica Drª Maria João Pereira. Nas funções de secretário do Conselho executivo, o Dr. João Manso teve a colaboração do Dr. Acácio Brito, Drª Carla Mendonça e, presentemente, da Drª Helena Fonseca. Neste ano lectivo de 2000/01, ano em que a escola recebe a denominação de Pedro da Fonseca, a escola passa a dispor de dois novos blocos para o ensino secundário, que entraram em funcionamento no início de Setembro de 2000. Em 31 de Janeiro de 2001, definitivamente, o Ministério da Educação deixou as instalações do antigo Externato Diocesano de Proença-a-Nova, pertencentes à diocese mas construído com grande empenho, sacrifício e contributo das gentes de Proença-a-Nova.

O ACESSO AO ENSINO SUPERIOR

Voltando à questão do acesso ao ensino superior, é difícil contabilizar, com exactidão, a totalidade dos estudantes da C+S que ingressaram naquele nível de ensino ao longo destes anos. Porém, nos meus registos incompletos, só desde 1987 contabilizo quase quinhentos, mais precisamente 472.

Se em 1974, para um universo de 800 alunos matriculados, 64 ex-alunos do Colégio frequentavam o ensino superior - o que era assinalável - hoje, para uma média de 650 a 700 alunos matriculados na C+S, registo 254 alunos enviados para o ensino superior nos últimos 5 anos, 100 dos quais para Lisboa e Coimbra. O que quer dizer que temos mais alunos no ensino superior que no ensino secundário. E neste cômputo não exaustivo, escapam-me ainda alguns que têm tido acesso ao ensino superior privado, ainda que a maioria esmagadora dos nossos alunos ingresse no ensino público.

Significativo, sem dúvida, é também o facto de vários ex-alunos terem feito ou estarem a fazer mestrados e pelo menos cinco se encontram em fase de doutoramento em áreas como a Matemática, a Geografia Humana, a Informática, a Engenharia Química e a Biologia Celular / Genética.

Se, entretanto, olharmos só para os dados desta década (1991-2000), quatro áreas de acesso estão em destaque: Engenharias (Informática, Química, Electrotécnica, Mecânica, Civil, Física, etc.) com 140 alunos; Educação e Ensino (todas as especialidades e níveis de ensino) com 138 alunos; Saúde (Enfermagem, Medicinas e outros) com 42 alunos; Gestão, Economia, Administração / Contabilidade, com 29 alunos. As áreas do Turismo, Direito, Jornalismo, Psicologia, Academia Militar, Arquitectura e outros recebem ainda 28 alunos.

Segundo dados da OCDE, no relatório “Education at a Glance 2000”, em 1996, apenas 20% da população portuguesa concluía o Ensino Secundário e apenas 7% da população portuguesa tinha formação superior. Porém, a nível europeu, espera-se que - segundo o mesmo estudo - brevemente um em cada três europeus tenha frequentado ou volte a frequentar um curso superior.

Na nossa escola, já nos aproximámos e até ultrapassámos aquilo que é o desiderato europeu. O Ensino Secundário tem uma taxa de frequência muito elevada e, há vários anos consecutivos, cerca de 40% dos alunos entrados no 5º ano chegam ao ensino superior.

Daniel Catarino Fernandes

in Jornal A Palmatória

segunda-feira, 15 de março de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

1.º Encontro dos Alunos Professores e Funcionários que frequentaram o Antigo Colégio entre 1961 e 2000

Dia 24 Abril de 2010

Programa

17h00 - Recepção dos participantes
18h00 - “Espaço Memórias”
20h00 - Jantar
21h30 - Baile com o Grupo “Lucky Duckies”

Valor da Inscrição: 15€

Crianças até aos 12 anos (inclusive) estão isentas de pagamento.

Prazo Limite de Inscrição: 09 de Abril

Preencha a sua Ficha de Inscrição e entregue-a na Recepção da Câmara Municipal, no Posto de Turismo ou envie-nos, juntamente com o comprovativo de pagamento, para o email: memorias.colegio@gmail.com

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

1.º Encontro dos Alunos, Professores e Funcionários que frequentaram o Colégio de Proença-a-Nova entre 1961 e 2000

DIA 24 ABRIL DE 2010

Inscreva-se enviando os seus dados de contacto para memorias.colegio@gmail.com ou pelo telefone 274 670 000

Organização:

Antigo Colégio Diocesano de Proença-a-Nova


Este espaço foi criado com o intuito de reunir testemunhos, histórias e fotografias relacionadas com o Antigo Colégio de Proença-a-Nova.


Conheça um pouco mais da sua História e deixe o seu testemunho.


História

A ideia da criação do ensino liceal no concelho de Proença a Nova foi lançada no dia 21 de Setembro de 1959 durante uma reunião no Salão Paroquial entre o Bispo da Diocese de Portalegre e Castelo Branco, D.Agostinho Lopes de Moura, o Pároco da Freguesia de Proença a Nova, P.e Alfredo Dias, o colaborador da Diocese, P.e António José da Silva Sousa e o grande benemérito de Proença a Nova, Comendador João Martins, entre outros, principais impulsionadores e futuros responsáveis pela construção do Externato Diocesano de Proença a Nova.Dois anos depois, a 7 de Outubro de 1961, as aulas têm início nas instalações provisórias situadas no 1º piso do edifício contíguo à Igreja da Misericórdia, outrora Hospedaria, na Rua Pedro da Fonseca, sob direcção do P.e Alfredo Dias.
Foi lançada a primeira pedra do empreendimento dia 13 de Maio de 1962.
O edifício inicialmente projectado para 150 alunos, foi inaugurado no dia 29 de Agosto de 1965, custou três mil e cem contos e nele passaram a funcionar o 1º e 2º ciclo dos liceus sob direcção do P.e António José da Silva Sousa.
Poucos anos mais tarde começou a funcionar o 3º ciclo dos liceus e o crescimento da população escolar, que aumentou entretanto para 600 alunos, obrigou a reformulações sucessivas de espaços e à posterior construção de um novo bloco de salas. Por Portaria de 5 de Dezembro de 1975 é criada então a escola Preparatória de Proença-a-Nova que abrirá as portas no dia 9 de Fevereiro de 1976 e por Portaria de 31 de Dezembro do mesmo ano é criada a escola Secundária de Proença-a-Nova que abrirá no mesmo local dia 16 de Fevereiro.
No ano lectivo de 1985/86 as duas escolas fundem-se na Escola C+S de Proença-a-Nova e no ano lectivo de 1990/91 ali estudavam já 900 alunos distribuídos por 11 turmas do 2º ciclo, 15 turmas do 3º ciclo e 8 turmas do Ensino Secundário.
A cantina, construída num pavilhão pré-fabricado, entrou em funcionamento no dia 14 de Novembro de 1985.
Consciente da exiguidade das instalações e não pretendendo o Estado adquirir o edifício, o Ministério da Educação inicia o processo para construção de uma Escola tipo T24 com dois blocos de salas, um bloco administrativo e um refeitório, de forma a dar resposta às necessidades do 2º e 3º ciclos, com a assinatura do acordo de colaboração entre a Câmara Municipal e a DREC (Direcção Regional do Centro) no dia 12 de Outubro de 1988.
No dia 11 de Maio de 1989 é feito o anúncio público para a execução da obra e dia 16 de Setembro de 1992, após dois anos de construção com alguns contratempos à mistura, as aulas têm início nas novas instalações. Em 31 de Janeiro de 2001, definitivamente, o Ministério da Educação deixou as instalações do antigo Externato Diocesano de Proença-a-Nova, pertencentes à diocese mas construído com grande empenho, sacrifício e contributo das gentes de Proença-a-Nova.